A farmacêutica britânica GlaxoSmithKline (GSK) recuso-se a incluir o Cazaquistão entre os países contemplados com uma licença voluntária para a compra da versão genérica do dolutegravir. A redução no preço do medicamento chegaria a 25 vezes, com preço final estimado a US$ 4,5 por cartela, que possibilitaria a ampliação a cobertura para todos os pacientes vivendo com HIV registrados no país.

Após uma rodada de conversas que encerrou sem acordo com representantes da farmacêutica e da sociedade civil, o governo do Cazaquistão anunciou que vai considerar o lançamento de uma licença compulsória para o medicamento. O anúncio foi feito pela representante do Ministério da Saúde, Lyudmila Byurabekova.

A diretora da Answer (traduzido do inglês: Resposta), Elena Rastokina, organização que representa pacientes, observou que atualmente no Cazaquistão há uma situação aguda com a disponibilidade em estoque do dolutegravir prevista para no máximo três semanas, que pode acarretar na indesejada mudança de esquema de tratamento para as pessoas vivendo com HIV que estão sendo atendidas.

“A situação atual exige soluções urgentes. Só na capital, Almaty, 700 pacientes ficaram sem o medicamento”, adverte Rastokina.

O coordenador da AGEP’C, Sergey Biryukov, chamou atenção para o valor das vidas humanas que está sendo considerados abaixo dos preços dos medicamentos.

Representantes da ViiV Healthcare, empresa que engloba as gigantes GSK e Pfizer em parceria, explicaram que o preço atual do dolutegravir no Cazaquistão é o mais baixo possível de acordo com o controverso critério do nível de renda da população – que não leva em conta eventuais desigualdades socioeconômicas entre a população – e que permite a existência de versão genérica do genérico do dolutegravir apenas em países de baixa renda ou em situação crítica.

O Cazaquistão é considerado um país de renda acima da média. Na região, a licença foi concedida para Ucrânia, Tajiquistão e Uzbequistão.

Com informações da NewTimes.kz

Com imagem de Bandeiras Nacionais