Por: Agência de Notícias da Aids
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha foi convidado a explicar o recente desabastecimento de antirretrovirais usados por portadores do vírus HIV. Padilha afirmou que os estoques de medicamentos para o tratamento de aids estão normalizados.
Segundo ele, o ministério apenas precisou fazer a substituição de um medicamento por outro de mesma eficácia. "Estamos conversando com o Tribunal de Contas da União (TCU) para estender os contratos de compra contínua de medicamentos e, assim, poder passar de um ano para o outro sem ter de refazer os documentos, porque isso pode causar desabastecimento", disse.
Em março, a imprensa nacional divulgou que três antirretrovirais que compõem o coquetel antiaids -atazanavir, saquinavir e didadosina – estariam em falta no País. Em 2010, houve o desabastecimento do abacavir.
De acordo com Padilha, a compra centralizada de medicamentos pelo ministério incentiva a produção nacional e evita fraudes na transação, que de outra forma precisaria ser fiscalizada em cada município. O mesmo procedimento já foi tomado para a aquisição de plasma, que é utilizado para transfusões e não pode faltar em hospitais. "Quanto ao atazanavir (usado por 33 mil pacientes com HIV), houve uma orientação para que os serviços de saúde fracionassem os estoques, e passassem a distribuir os medicamentos com prazo mais curto, de forma a prevenir a falta do medicamento, mas não houve falta", afirmou.
Conforme o ministro, todo o procedimento de compra e distribuição do ministério foi revisto para evitar situações que geram apreensão nos pacientes que precisam desses medicamentos.
Agência de Notícias da Aids