Nos dias 17 e 18 de março, o GTPI realizou mais uma oficina de primeiros passos sobre direito à saúde e propriedade intelectual para ativistas, acadêmicos, profissionais de saúde e demais interessados. A oficina foi a terceira realizada pelo GTPI na região nordeste, e desta vez além da parceria com a RNP+ Núcleo São Luís/MA, foi realizada parceria com a Articulação Aids do Rio Grande do Norte (RN).
Participaram da atividade representantes do movimento de luta contra a Aids e das populações Trans, alunos do curso de Assistência Social, membros da ABORDA, farmacêuticos dos Serviços de Atenção Especializada (SAEs) e gestores locais.
A mesa de abertura teve participação de Sônia Cristina, coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids do Rio Grande do Norte; Eduardo Barbosa, do Grupo Pela Vidda São Paulo e Ricardo Santos, da RNP+ SL/MA. Sônia abordou diversos desafios enfrentados pela gestão estadual como a atuação em presídios, mas também destacou conquistas, como a ampliação da rede de SAEs no Estado.
Eduardo Barbosa e Ricardo abordaram questões relacionadas ao ativismo para garantir atenção de qualidade nos serviços públicos e visibilidade para os retrocessos políticos que hoje afetam a resposta à Aids. “Não podemos aceitar a precarização da resposta brasileira, que foi construída com muita ênfase na defesa dos direitos humanos”, pontuou Eduardo.
O debate inicial entre os participantes foi bastante rico, trazendo à tona várias perspectivas, como por exemplo a dos profissionais dos SAEs, que muitas vezes desempenham um papel de apoio psicológico e aconselhamento aos pacientes que vão buscar medicamentos.
Após a mesa de abertura tiveram início as primeiras atividades da oficina, que no primeiro dia incluíram: Apresentação dos participantes, sessão de perguntas e respostas sobre conceitos básicos a respeito de patentes e acesso universal a medicamentos e a exibição do documentário “Fogo nas Veias”, seguido de debate.
O segundo dia prosseguiu com bastante participação dos presentes, que fizeram diversas perguntas ao longo das explicações sobre os mecanismos de defesa da saúde que existem no Brasil. A respeito da situação política dos medicamentos de Aids, também houveram debates acalorados sobre que perspectiva deve orientar as políticas públicas: a perspectiva estritamente Biomédica ou a que privilegia direito à informação e autonomia do paciente.
O segundo dia também contou com uma animada sessão da dinâmica “Roleta da Saúde”, na qual os participantes se organizam em grupos para responder perguntas sobre o conteúdo da oficina. Respostas corretas são recompensadas com chocolates e as erradas vão compondo a forca do SUS, que dessa vez foi totalmente feita via computador, devido à grande qualidade tecnológica da sala que foi obtida para a oficina graças aos esforços da articulação Aids do RN.
Deixar um comentário