Oito meses! Este é o tempo que o Grupo de Apoio à Prevenção da Aids do Rio Grande do Sul (GAPA/RS) está sem sede. A organização, que há 29 anos é referência na luta contra o HIV/Aids no estado, precisou deixar o espaço físico onde atuava em agosto do ano passado.

O GAPA/RS, que intergra o Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI), desenvolve ações sob conceito da saúde pública inclusiva como direito humano, promovendo debates e incindindo na elaboração de politicas públicas de saúde que atendam às populações-chave, especialmente nos conselhos Municipal, Estadual e Nacional de Saúde.

Nos anos 2000, a organização chegou a contar com mais de cem voluntários, realizando gratuitamente uma média de dois mil atendimentos psicossociais e jurídicos por mês para pessoas com HIV em parceria com órgãos públicos. Sem a sede, o GAPA segue realizando atendimentos somente pelo telefone.

“É preciso que a sociedade perceba a Aids como uma epidemia que está relacionada a condicionantes sociais como preconceito, discriminação, estigma, desinformação, violação de direitos e falta de acesso a serviços de saúde com qualidade”, explicou a presidenta do GAPA/RS, Carla Almeida.

A sede na Cidade Baixa foi devolvida ao proprietário pela Justiça após a Secretaria de Estado da Saúde parar de pagar o aluguel, fato que a presidenta avalia como um reflexo da invisibilidade politica da epidemia e da pouca importância que o Estado e a própria sociedade estão dando à epidemia de Aids.

Na busca pela solução do problema, o GAPA/RS vai encaminhar em breve um plano de necessidades à Prefeitura de Porto Alegre para sediar várias outras organizações do movimento Aids que atuam na cidade e no estado.

Com informações de Metro e Felipe Vieira

Com imagem de VÓZ