Considerado o país mais afetado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), a África do Sul lança neste domingo, 1º de dezembro, Dia Mundial da Aids, o tratamento considerado “a maneira mais rápida de reduzir a carga viral”, afirmou o ministro de Saúde, Zweli Mkhize, durante evento de apresentação nesta quinta-feira (28), em KwaZulu-Natal, a província mais afetada pelo vírus.

O tratamento TLD, combina em um único comprimido três medicamentos antirretrovirais: tenofovir disoproxil, lamivudina e dolutegravir. É considerado atualmente o mais eficaz entre todos os existentes.

O medicamento é apoiado financeiramente pela Unitaid, organização internacional para a saúde global.

“É um tratamento altamente eficaz, que permite a supressão muito mais rápida do vírus e com menos efeitos colaterais”, disse o diretor de operações, Robert Matiru.

Eficácia a US$ 75/ano

Comprovada a eficiência, o item mais esperado do lançamento passa a ser o valor. Estima-se que o tratamento seja lançado a um preço considerado bastante acessível, de cerca de US$ 75 dólares/ano (R$ 318,55), por pessoa.

A Africa do Sul possui o maior programa de tratamento do HIV/Aids do mundo, oferecendo cobertura de tratamento antirretroviral para cerca de 4,8 milhões de pessoas, mas estima-se que existam pelo menos 7,7 milhões de sul-africanos vivendo com HIV. A meta inicial é do ministério é ter mais de 6 milhões de pessoas sob tratamento antirretroviral até dezembro de 2020.

A maior taxa de prevalência da doença está em pessoas entre 15 e 49 anos.

Segundo a Unitaid, 10% das mortes por HIV/Aids e 15% das novas infecções por HIV em todo o mundo ocorrem na África do Sul.

Efeitos adversos preocupam

Os pesquisadores dizem que o medicamento antirretroviral Tenofovir ou TLD tem menos efeitos colaterais e resistência, mas apresenta alguns riscos, como possíveis defeitos congênitos.

Assista à entrevista com o representante da ONG Right to Care, que atua na prevenção, assistência e tratamento do HIV/Aids, Dr. Seithati Molefi, que também é deputado e chefe do Partido do Estado Livre.

Com informações de Inquirer.net , dnoticias.ptSABCNews  e @HealthZA