O governo de Botsuana decidiu estender o tratamento gratuito contra o HIV para residentes estrangeiros. A decisão significou uma grande mudança de orientação e fechou uma lacuna significativa da resposta do país à epidemia.

Estima-se que há 30 mil residentes estrangeiros vivendo com HIV no Botsuana, mas menos de um quarto tem acesso ao tratamento, não conseguem comprar os medicamentos ou voltar para casa para procurar ajuda médica.

Botsuana tem a terceira maior prevalência de HIV no mundo, com média superior a um em cada cinco habitantes da população adulta – entre 15 a 49 anos – vivendo com o vírus.

Em 2016, o país decidiu adotar uma estratégia para tratar todos os cidadãos que vivem com HIV gratuitamente, a escolha vem apresentando resultados significativos: desde 2010, as mortes relacionadas à Aids diminuíram em um terço e as novas infecções caíram 36% no mesmo período.

“Esta medida salvará vidas e ajudará o país inteiro a progredir para acabar com a epidemia da Aids – é um exemplo da liderança do Botsuana e sua determinação em não deixar ninguém para trás na resposta ao HIV”, avaliou a diretora executiva da UNAIDS, Gunilla Carlsson.

O Ministério da Saúde e Bem-Estar local consultou de perto a UNAIDS, o Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para Combate à Aids (Pepfar), a Organização Internacional para as Migrações, agências das Nações Unidas e parceiros de desenvolvimento para desenhar a nova política.

Com base na decisão do governo, o Ministério da Saúde e Bem-Estar emitirá uma diretiva governamental especial para permitir que os estabelecimentos de saúde forneçam tratamento a todas as pessoas que vivem com HIV residentes no país.

Traduzido de UNAIDS