O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (24) a adoção do Truvada na chamada profilaxia pré-exposição (PrEP) para pessoas que não têm o HIV, mas que fazem parte de grupos que estão mais expostos ao risco de infecção.

O anúncio, porém, corresponde a apenas 7 mil tratamentos ao custo de US$ 1,9 milhão. A quantidade é considerada insuficiente e o custo alto. Enquanto um ano de tratamento no Brasil por usuário custará ao governo US$ 276 (cerca de R$ 860), um levantamento do Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI), indica que na Índia, o mesmo tempo de tratamento por usuário ao longo de um ano tem custo quatro vezes menor, variando entre US$ 64 e US$ 77.

A Índia já produz o genérico do Truvada e o Brasil já tem pedido de registro na Anvisa para a produção pela empresa Blander, mas a produção do genérico brasileiro aguarda o fim prazo legal para o recurso da Gilead, empresa dos Estados Unidos produtora do medicamento, que teve pedido de patente no Brasil negado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) em janeiro.

Para a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia), organização que coordena o GTPI, se fossem usados genéricos na chamada profilaxia de pré-exposição (PrEP), mais pessoas poderiam fazer uso deste tipo de prevenção ou o montante economizado – considerando os medicamentos genéricos até 35% mais baratos – poderia ser utilizado para outras formas de prevenção da transmissão do HIV, como a elaboração de campanhas.

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