A pauta do acesso a medicamentos e fim das patentes foi defendida pela coordenadora da Rede Nacional de Mulheres Travestis e Transexuais e Homens Trans Vivendo e Convivendo com HIV/ Aids (RNTTHP), Cleonice Araújo (agachada e de vermelho na foto). A ativista esteve nessa sexta-feira (26) na Representação da Organização das Nações Unidas, em Brasília, ao lado de representantes de outras organizações pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans.
A data, comemorada nesta segunda-feira (29), foi criada em 2004 pelo Ministério da Saúde pela promoção da dignidade dessa população, pelo direito à vida, educação e ao trabalho decente.
“Falamos do acesso aos medicamentos no âmbito dos direitos humanos, como parte do acesso à saúde que precisa ser pleno, além de falar também como as patentes e leis de comércio arbitrárias acabam violando este direito, colocando em risco a vida das pessoas mais vulneráveis como a comunidade LGBT”, explicou.
Entre os dias 10 e 13 de dezembro, a ativista Cleonice Araújo participou de uma ação de capacitação realizada pelo Grupo de Trabalho sobre Propriedade Intelectual (GTPI), que reuniu 10 representantes da sociedade civil no Fórum de Soberania Sanitária, em Buenos Aires, na Argentina, bem como a participação em várias atividades da Cúpula dos Povos.
No Fórum de Soberania Sanitária, realizado dia 11, os temas tratados foram a saúde como direito; o avanço das políticas neoliberais e suas relações com o acesso a medicamentos; o impacto da propriedade intelectual no direito à saúde e o acesso à saúde na América Latina.
“Tudo o que aprendemos e os temas que abordamos eu levo comigo pra onde for, essa briga contra as patentes também é minha porque é em favor da vida. Não adianta eu ser uma conselheira de saúde no meu município e não falar sobre essa questão de patentes”, explicou.
Cleonice destacou que dialogar com outras meninas trans, inseridas na pauta feminista foi um ponto revelador da ida à Cúpula dos Povos. “Foi importante perceber que todas nós passamos pelos mesmos problemas no continente e que a privatização da saúde é um projeto mundial, que privilegia ricos e mata a população pobre que não tem condições de pagar por planos de saúde ou de comprar remédios de última geração. Por isso precisamos defender o SUS, que foi uma conquista do povo brasileiro e que agora está sendo tomada de nós”.]
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