Aprovado nos Estados Unidos em 9 de abril de 2019, o Dovato® é o primeiro esquema de tratamento antirretroviral contra o HIV/Aids composto por apenas dois medicamentos. Está indicado para a primeira linha de tratamento para pessoas que vão iniciar um regime pela primeira vez.

O Dovato também é considerado pioneiro por ser administrado em uma dose fixa diária. Pertence à ViiV Healthcare – empresa que reúne GSM (Reino Unido), Pfizer (EUA) e Shionogi (Japão) – e é composto pelas substâncias dolutegravir (DTG) e lamivudina (3TC).

Indicação

Indicado como regime completo em adultos para o tratamento da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (HIV-1), sem histórico de tratamento antirretroviral, sem substituições conhecidas ou resistência suspeita aos componentes.

Testagem

A eficácia e segurança do Dovato foi constatada em dois ensaios clínicos controlados, em dupla ocultação, idênticos, em 1433 adultos infectados por HIV sem histórico prévio de tratamento antirretroviral. Os ensaios apresentaram redução na quantidade de HIV no sangue similar a outro esquema que inclui dolutegravir, emtricitabina e tenofovir. O tratamento foi considerado bem sucedido com pacientes mantendo menos de 50 cópias/ml de RNA de HIV no sangue por pelo menos 48 semanas, um nível considerado baixo.

Reações

As reações adversas mais comuns com Dovato são dor de cabeça, diarréia, náusea, insônia e fadiga. Como existe um risco conhecido de defeitos do tubo neural com o componente dolutegravir, os pacientes são aconselhados a evitar a utilização do Dovato do momento da concepção ao primeiro trimestre de gravidez.

Em maio de 2018, a Food and Drug Administration (FDA) divulgou uma Comunicação de Segurança de Medicamentos sobre defeitos congênitos relatados no tubo neural em bebês nascidos de mulheres tratadas com dolutegravir.

Advertências

O Dovato leva uma advertência para pacientes coinfectados com hepatite, para que adicionem tratamento para hepatite B ou considerem um regime diferente de tratamento, já que pacientes com HIV e Hepatite B que tomaram produtos com lamivudina, desenvolveram variantes da hepatite B associadas à resistência à substância e podem ter problemas hepáticos graves, incluindo insuficiência hepática, quando deixam de tomar medicamentos contendo lamivudina. O fim do tratamento para pacientes coinfectados deve ser monitorado.

Com informações de FDA e Avert

Com imagem R&D