Com o objetivo de redesenhar o sistema para atender a saúde pública em vez dos lucros privados abusivos, o Partido Trabalhista do Reino Unido (Labour Party) anunciou o lançamento do plano Medicines For The Many (Medicamentos para Muitos). Entre os objetivos previstos está a criação de um laboratório estatal, a emissão de licenças compulsórias e a obrigatoriedade de mais transparência.

“O licenciamento obrigatório é para garantir versões genéricas de medicamentos patenteados. Diremos às empresas farmacêuticas que, se quiserem financiamento público para pesquisas, terão que tornar seus medicamentos acessíveis a todos”, discursou o líder do Labour, Jeremy Corbyn, durante da conferência do partido.

Coubyn também explicou que a decisão será apoiada a partir da criação de um novo fabricante de medicamentos genéricos, de propriedade pública, que irá fornecer medicamentos mais baratos ao Sistema Nacional de Saúde (NHS).

“Isso economizará nosso dinheiro em serviços de saúde, salvando vidas. Nós somos o partido que criou o NHS”, ressaltou.

O Partido Trabalhista publicou um documento onde descreve o compromisso do plano Medicines for Many, cujo título é Medicina para Muitos: Transformando a Inovação em Saúde como Prioridade da Saúde Pública no Reino Unido e Além.

Acesse o plano em inglês

Como exemplo de ação, o Labour destacou o atual impasse entre o Reino Unido e a empresa farmacêutica Vertex sobre o Orkambi (medicamento contra a fibrose cística). Após três anos de negociações fracassadas, as crianças que vivem com fibrose cística na Inglaterra ainda têm acesso negado, pois a Vertex se recusa a reduzir o preço para um valor acessível para o NHS.

Sociedade civil apoia o plano

As redes STOPAIDS e a Missing Medicines Coalition consideram que há muito tempo os altos preços dos novos medicamentos são insustentáveis ​​para um sistema público de saúde já subfinanciado, estando estes tratamentos inteiramente fora do alcance dos pacientes nos países em desenvolvimento.

A STOPAIDS destacou em nota que sem um modelo orientado à saúde pública para o desenvolvimento de medicamentos, será impossível acabar com a AIDS dentro da meta do Organização Mundial de Saúde até 2030.

A organização manifestou apoio pela adoção das recomendações que defende por um grande partido político do Reino Unido.

Com imagem de India Times Post

Com informações de STOPAIDS