NOTA DO GTPI: O texto abaixo impacta pelo viés da novidade, mas algumas lacunas precisam ser observadas, já que matéria não entra em detalhes sobre o que consiste a atenuação ou o vírus da imunodeficiência símia (SIV) utilizado. Não está claro se a vacina citada é terapêutica, no caso do SIV ter sido injetado antes da vacinação; ou se é preventiva, caso os macacos tenham sido infectados propositalmente após a vacinação (o chamado desafio).  

É importante ainda lembrar que, como fase anterior à pesquisa em humanos, outras vacinas já obtiveram sucesso em macacos e falharam em humanos. Atualmente há outros ensaios de vacina preventiva em Fase 3 no mundo.

Ontem, na 10a. Conferência do IAS sobre Ciência do HIV, na Cidade do México, foi anunciado que um outro teste de vacina de Fase III iniciará em setembro. A novidade é que este se propõe a imunizar sobre todos os tipos de HIV.

 

Pesquisadores dos EUA conseguiram imunizar macacos rhesus contra uma cepa do HIV.

Cientistas norte-americanos acreditam estar próximos de testar uma vacina contra o HIV em seres humanos após conseguirem bons resultados com uma versão atenuada da vacina em macacos rhesus. De acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira (17) na revista “Science Translational Medicine”, os pesquisadores conseguiram eliminar a presença do SIV (imunodeficiência Símia) nos primatas, uma versão do vírus HIV que infecta apenas estes animais.

O resultado do experimento com a vacina atenuada é a “chave” para o teste em humanos, destacou em nota a equipe responsável pela descoberta, que usou uma variação geneticamente modificada do vírus da herpes como vetor para a imunização dos animais.

Vírus da herpes

A vacina é feita com uma forma comum do vírus da herpes, o citomegalovírus (CMV) modificado geneticamente para servir de vetor, empacotando o vírus enfraquecido da SIV. Os estudos registraram que 59% das cobaias foram imunizadas com sucesso pela vacina.

Em dezembro de 2018, pesquisadores da Califórnia já haviam apontado que macacos rhesus podem ser estimulados a produzir anticorpos neutralizantes contra uma cepa do HIV que se assemelha à forma viral resiliente e que mais comumente infecta pessoas, chamada de vírus Tier 2.

Publicado em G1