Coube a uma Madre de Plaza de Mayo, nada menos do que uma das fundadoras e militante pelos direitos humanos na Argentina , Norita Cortiñas, a última palavra de ordem da Cúpula dos Povos, em uma fala com o tom da esperança e apoio à luta contra o avanço das politicas neoliberais na América Latina e no Mundo. “Venceremos!”, concluiu.

“Que sigamos a dizer “não!”, agora se o governo não quiser escutar, que se cuide porque o povo vai sair às ruas revoltado. Nós não queremos ir às ruas revoltados, preferimos que nos ouça por meio do diálogo”, advertiu a ativista de 85 anos.

A Assembleia de Confluência concluiu a Declaração Final do evento que reuniu representantes de organizações sociais de diversos setores, populações tradicionais e ativistas em geral de todo o mundo de 11 a 13 de dezembro, em Buenos Aires, na Argentina, ao mesmo tempo e em oposição a 11ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio  (OMC).

Diante de um sistema chamado de “arquitetura da impunidade”, que promovem um processo de globalização que subordina a economia e a população de países inteiros aos lucros extorsivos das grandes corporações, a declaração conclama os movimentos de todo o mundo, em especial da América Latina, a organizar ações contra os mecanismos que mantém estes arranjos em funcionamento, como as auditorias integrais e cidadãs da dívida, bem como tribunais éticos e consultas populares.

A declaração aponta a Dívida Pública como ferramenta principal da expansão capitalista de concentração de riqueza, desigualdade e operação dos povos, bem como os Tratados de Livre Comércio (TLC), de proteção de investimentos e organismos multilaterais como a OMC.

O evento encerrou com um convite para que todos se reúnam novamente no Fórum Social Mundial, que será realizado pela sexta vez no Brasil, de 13 a 17 de março de 2018, em Salvador, na Bahia.

Leia a Declaração Final da Cúpula dos Povos na íntegra