Durante a 25ª Conferência Internacional de Aids em Munique, na Alemanha, ativistas protestaram contra as farmacêuticas GSK e ViiV Healthcare, devido a ação judicial levantada pelas empresas contra o governo colombiano. O slogan “GSK/ViiV abonde o caso! Acesso ao DTG agora!” apareceu nos telões do evento com as cores da bandeira colombiana, em apoio a decisão do governo de emitir a licença compulsória do dolutegravir no país. 

A decisão definitiva do governo foi emitida em junho de 2024, num importante movimento incentivado pela sociedade civil na Colômbia, abrindo as portas para a fabricação de genéricos, o que pode reduzir o preço do medicamento de US$ 102 ao mês por pessoa para apenas US$ 3,70. A decisão da Colômbia é imprescindível para a garantia do acesso ao tratamento de pessoas vivendo com HIV e aids, além de significar uma importante economia ao país, que poderá tratar até 27 pessoas com o valor utilizado para o tratamento de um único indivíduo. 

No entanto, as farmacêuticas GSK e ViiV, com o apoio da associação farmacêutica colombiana AFIDRO, contestam a validade da licença judicialmente. Os altos preços do dolutegravir no país são resultado do monopólio patentário das farmacêuticas, que duraria até 2026 se não fosse pela licença compulsória emitida pelo governo. 

Defensores dos direitos de pessoas vivendo com HIV e aids do mundo todo repudiam a decisão das farmacêuticas e exigem que elas abandonem o caso. A Rede Latinoamericana por Acesso a Medicamentos (RedLAM) lançou uma campanha com coleta de assinaturas online, aplaudindo a decisão do governo colombiano e rejeitando a manobra das empresas. O protesto também foi divulgado por meio de um comunicado do ITPC. 

Disponibilizamos aqui as versões traduzidas da Campanha RedLAM e do comunicado do ITPC.