Começou nesta segunda-feira (23), a Semana de Mobilização dos Povos para desmantelar o poder corporativo e por fim à impunidade das empresas transnacionais. A semana é realizada ao mesmo tempo que a 3ª Sessão do Grupo Intergovernamental de Composição Aberta sobre Direitos Humanos, Transnacionais e outras empresas, no Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

A expectativa é que ao final desta sessão seja aprovado o texto de um Tratado Vinculante para responsabilizar empresas transnacionais por violações de Direitos Humanos. Um rascunho proposto pelo Equador será discutido de hoje até sexta-feira (27).

Paralelo ao processo oficial, as organizações da sociedade civil elaboraram seu próprio Tratado dos Povos, que será apresentado na tarde de hoje durante a conferência de imprensa na Praça das Nações, em Genebra. Estão presentes ONGs, movimentos sociais e comunidades afetadas de todo o mundo para pressionar os países-membros do Conselho de Direitos Humanos a aprovarem uma proposta de tratado vinculante.

Mas a luta também se faz na rua. Por isso, em frente à ONU, haverá um espaço da Campanha Global, com oficinas auto-gestionadas, para divulgar as violações por empresas, as resitências dos movimentos sociais, mas também conectar lutas e criar espaços de solidariedade.

Acompanhe as notícias da Semana de Mobilização dos Povos pelo Twitter da Campanha Global: @StopTNCimpunity

Destaques

Na terça-feira (24), às 15h, a ABIA/GTPI, em parceria com FIAN Internacional, Transnational Institute (TNI) e Global Health Geneva Hub (G2H2) organiza evento paralelo para conectar as organizações que lutam para garantir o direito à saúde, frente a ameaça das empresas transnacionais e para aprofundar a busca pelo Tratado Vinculante como mais um instrumento de luta e de garantia do direito à saúde.

Na quinta-feira (26), às 17h15, na Tenda da Campanha Global, haverá outra atividade sobre Saúde e Empresas Transnacionais. O objetivo é apresentar algumas das articulações construídas durante a oficina do dia 24.

Na sexta-feira (27), no espaço formal do Conselho de Direitos Humanos, a coordenadora regional da Rede Latino Americana pelo Acesso a Medicamentos, Lorena Di Giano, fará uma exposição sobre o impacto das atividades das empresas farmacêuticas na garantia do direito à saúde.

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